Para analistas, o mercado começaria a precificar um cenário de normalização gradual.
O dólar opera em queda no último pregão de 2025, após subir nas últimas sessão. A queda fecha um ano de forte valorização da moeda brasileira, com alta de cerca de 13%. Tradicionalmente, a sessão final de um mês é de volatilidade pela disputa pela Ptax.
Mesmo com liquidez mais baixa no pregão, a volatilidade foi mantida por se tratar da última Ptax do ano, afirma Isabella Hass, analista do mercado internacional da W1 Capital.
“O dólar cai hoje nesse último pregão de 2025, refletindo um clima mais otimista após os dados de emprego mostrarem a menor taxa de desocupação da história, somado ao alívio contínuo nas projeções de inflação”, diz a analista. Para Isabella, o real ganha um fôlego extra com o investidor ajustando as últimas posições e apostando em um cenário macro mais equilibrado para o início de 2026.
A perspectiva de que a moeda recua no último dia do ano por olhar mais otimista sobre 2026 é compartilhada por Pedro Ros, CEO da Referência Capital. Em sua visão, o mercado não ignora desafios fiscais e políticos, mas começaria a precificar um cenário de normalização gradual, em que ativos reais e estratégias estruturadas ganham espaço dentro de um ambiente ainda exigente em termos de disciplina econômica
“O dólar em queda mostra um movimento clássico de final de ano, com ajuste de posições e entrada seletiva de recursos diante de dados domésticos mais fortes. O desemprego no menor nível da história recente, em 5,2%, e o crescimento da renda sustentam a leitura de que a economia brasileira encerra 2025 mais resiliente do que se esperava no início do ciclo de juros elevados”, diz.
Na tarde desta terça-feira o dólar está sendo comercializado a R$5,5024.
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