A Polícia Civil de Chapecó prendeu preventivamente uma mulher investigada pelo atropelamento que causou a morte de um motociclista no Acesso Plínio Arlindo de Nês, em Chapecó, na madrugada de 2 de agosto de 2025, por volta das 4:50h.

A vítima conduzia uma motocicleta Yamaha/XTZ 150 para o trabalho quando foi surpreendido pelo veículo Toyota/Corolla conduzido pela investigada, o qual estava trafegando na contramão, mesmo com o muro de divisão das vias, e com os faróis apagados.

A situação bizarra e absolutamente inesperada impediu o motociclista de efetuar qualquer manobra evasiva, sendo atingido em cheio pelo automóvel que vinha em sentido contrário. O forte impacto fez com que a vítima fosse arremessada para longe e com sofrimento de diversos ferimentos.

A análise das imagens obtidas pela equipe de investigação que a investigada estava dirigindo na contramão a mais de um quilômetro antes do momento do “acidente”, desde o curso da Avenida Fernando Machado, evidentemente com a capacidade psicomotora comprometida a tal ponto de não perceber ou nem sequer se importar em estar trafegando na via mais rápida da cidade de forma totalmente inconsequente.

A equipe de investigação da Delegacia de Homicídios - DH da Polícia Civil de Chapecó conseguiu obter provas de que a investigada estava em uma casa noturna nas horas que antecederam ao crime, local onde consumiu diversas bebidas alcoólicas ao longo de pelo menos duas horas. Dentre os diversos elementos de prova obtidos, a Polícia Civil conseguiu um vídeo que mostra a investigada com uma garrafa de cerveja e caindo no chão em razão da embriaguez logo após sair da casa noturna onde estava.

Imediatamente após atingir o motociclista, a investigada se evadiu do local do “acidente” a pé, abandonando o veículo e a vítima inconsciente sem prestar e nem sequer tentar acionar qualquer socorro.

Os registros administrativos do Detran do Estado de Santa Catarina demonstram que no período de aproximadamente cinco anos o veículo utilizado pela investigada recebeu mais de trinta notificações por infrações de trânsito, a imensa maioria em decorrência de excesso de velocidade.

As circunstâncias do fato levaram o delegado de polícia responsável pelo caso a entender que a mulher agora presa agiu com dolo eventual, não se importando com o desfecho de sua conduta, atribuindo à ela a prática do crime de homicídio qualificado pela impossibilidade de defesa da vítima. Diante da gravidade da situação, a autoridade policial representou pela prisão preventiva da investigada, a qual foi decretada e cumprida na última quinta-feira, dia 14 de agosto.

A vítima era um homem de 26 anos de idade, morador do bairro Belvedere, em Chapecó.

Por sua vez, a investigada presa é uma mulher de 34 anos de idade, natural de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, e moradora de área rural de Chapecó.