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Ibov sobe 20% no ano, dólar cai e Bitcoin mira topo histórico; o que vem pela frente?

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Ibov sobe 20% no ano, dólar cai e Bitcoin mira topo histórico; o que vem pela frente?
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Após forte alta, Ibovespa entra em zona de correção e testa suportes decisivos no curto prazo.

Os mercados globais iniciam a semana em compasso de expectativa, com os principais índices operando próximos a regiões técnicas relevantes. No Brasil, o Ibovespa tenta sustentar a tendência de alta após respeitar suportes e mostrar fôlego comprador, enquanto o dólar futuro segue pressionado em baixa, renovando mínimas do ano.

Nos Estados Unidos, a Nasdaq e o S&P 500 mantêm a trajetória positiva, apoiadas pela força do setor de tecnologia e pelo otimismo com a economia americana. Já o Bitcoin ganha tração e volta a negociar próximo ao topo histórico, impulsionado pelo fluxo de capital para criptoativos e pela melhora do sentimento global de risco.

Com o cenário externo favorável e sinais mistos no mercado doméstico, o foco dos investidores se volta para o comportamento dos preços nos próximos dias, especialmente diante da proximidade de resistências importantes no Ibovespa e da continuidade da força compradora em Wall Street. No campo técnico, suportes e resistências voltam a ser determinantes para a direção dos mercados no curto prazo.

Análise técnica do Ibovespa

Ibovespa mantém tendência de alta no gráfico diário, mesmo após perder fôlego desde o último topo em 147.578 pontos, o que deu origem a um movimento de correção natural. Após três dias seguidos de baixa, o índice reagiu e encerrou a última sessão com leve alta de 0,17%, aos 144.200 pontos, mostrando tentativa de retomada do fluxo comprador. No mês, acumula queda de 1,39%, mas ainda avança 19,88% em 2025, sustentado pela força dos setores financeiro e de commodities.

No momento, o índice negocia abaixo das médias de 9 e 21 períodos, o que exige atenção à continuidade da correção. O IFR em 54,17 indica zona neutra, reforçando a possibilidade de um movimento de consolidação antes de nova definição de tendência.

Para retomar o fluxo de alta, o Ibovespa precisa romper as resistências em 144.520/145.100 e depois 146.520 pontos, mirando o topo histórico em 147.578 pontos. Acima dessa faixa, os alvos projetados estão em 147.700/148.625 pontos.

Por outro lado, a perda da zona de 143.635/142.240 pode intensificar a correção, abrindo espaço para 140.990/139.580 e, em movimento mais forte, 137.058/133.875 pontos.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica do Dólar

dólar futuro segue em tendência de baixa desde o fim de 2024, quando encontrou resistência na região de 6.756,5 pontos. Desde então, vem renovando mínimas ao longo de 2025, acumulando queda de 18,43% no ano. Na última sessão, o contrato recuou 0,02%, encerrando próximo da estabilidade, aos 5.378 pontos, mas ainda negociando abaixo das médias móveis e dentro de um padrão de lateralização.

O ativo testou recentemente a mínima do ano em 5.325 pontos, nível muito próximo da mínima de 2023 (5.319 pontos), configurando uma faixa de suporte decisiva. O IFR(14) em 41,59 reforça leitura de neutralidade.

Caso rompa 5.325/5.319 pontos, o dólar pode buscar 5.259/5.211 e, em movimento mais longo, 5.183/5.151 pontos.

Para reagir, precisa superar 5.419/5.474 pontos, abrindo caminho para 5.522/5.550 e 5.582/5.608 pontos. Enquanto permanecer abaixo dessas zonas, o viés segue vendedor.

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Análise técnica da Nasdaq

Nasdaq mantém trajetória de alta consistente em 2025, com forte recuperação desde a mínima do ano em 16.542 pontos. O índice acumula ganhos de 17,96% no ano e 0,43% em outubro, cotado a 24.785 pontos, e segue renovando topos semana após semana. O cenário técnico mostra um ativo sustentado pela força do setor de tecnologia e pela expectativa de juros mais baixos nos Estados Unidos.

A superação do último topo em 24.958 pontos, renovado recentemente, seria um novo gatilho para continuidade da alta, com projeções em 25.090/25.300 e alvo mais longo em 25.600/25.990 pontos.

Já para sinalizar uma correção, seria necessária a perda da faixa de 24.715/24.500 pontos, o que poderia levar o índice a buscar 24.186/23.969, com suporte mais forte em 23.698/23.279 pontos. Enquanto isso não ocorre, a tendência principal segue claramente positiva.

Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica do S&P 500

S&P 500 também consolida um dos ralis mais fortes do ano, sustentado pela confiança dos investidores e pelo desempenho de big techs. Após a mínima de 4.835 pontos, o índice vem subindo de forma consistente, acumulando alta de 14,18% em 2025 e 0,41% em outubro, cotado a 6.715 pontos. O movimento é reforçado pelo fechamento recente acima das médias móveis e pela renovação do topo histórico em 6.750 pontos.

Caso o índice supere novamente o topo em 6.750 pontos, os próximos alvos projetados ficam em 6.775/6.815 e depois 6.870/6.945 pontos.

Abaixo disso, o suporte imediato está em 6.693/6.600, cuja perda poderia levar a uma correção em 6.532/6.415, com extensões em 6.343/6.296 pontos. O gráfico diário segue apontando força compradora, mas a proximidade das resistências exige atenção a sinais de exaustão.

Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

 

Análise do Bitcoin

No curto prazo, o Bitcoin mantém estrutura altista bem delineada no gráfico diário, sustentado pelo fluxo comprador que ganhou força a partir do suporte em US$ 107.255/US$ 108.631. Desde então, o ativo renovou sua máxima histórica em US$ 125.708, mas perdeu parte do ímpeto e agora consolida próximo de US$ 123.500, em movimento de pausa após o rali recente.

Para que a tendência de alta ganhe continuidade, será necessário romper a região de US$ 124.474, abrindo espaço para um novo teste da máxima anterior em US$ 125.708. Caso esse nível seja superado, os alvos projetados ficam em US$ 125.845/US$ 127.400, com objetivo mais longo em US$ 129.900.

Por outro lado, uma eventual perda de força pode acionar movimento corretivo. O primeiro sinal virá com a quebra da faixa de US$ 122.136/US$ 117.900, o que poderia levar o ativo a buscar suportes em US$ 113.940/US$ 108.631. Caso esse patamar seja rompido, o Bitcoin pode testar níveis mais baixos em US$ 107.255 e US$ 105.100, antes de encontrar nova base compradora.

Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

IFR (14) – Ibovespa

IFR (Índice de Força Relativa), é um dos indicadores mais populares da análise técnica. Medido de 0 a 100, costuma-se usar o período de 14. Leitura abaixo ou próxima de 30 indica sobrevenda e possíveis oportunidades de compra, enquanto acima ou próxima de 70 sugere sobrecompra e chance de correção.

Além disso, o IFR permite a aplicação de técnicas como suportes, resistências, divergências e figuras gráficas. A partir disso, segue as cinco ações mais sobrecomprados e sobrevendidos do Ibovespa:

Fonte: Nelogica. Elaboração: Rodrigo Paz

(Rodrigo Paz é analista técnico)

FONTE/CRÉDITOS: Ativa Mix/ Rodrigo Paz/ InfoMoney25
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