Na semana a divisa acumulou queda de 0,62% e, no ano, baixa de 13,89%.
O dólar fechou a sexta-feira praticamente estável no Brasil, em meio a uma agenda esvaziada de indicadores e eventos econômicos, mas ainda assim a divisa completou a semana com uma baixa acumulada ante o real — a terceira queda semanal consecutiva.
Qual a cotação do dólar hoje?
Apesar do avanço firme ante boa parte das demais divisas no exterior, o dólar à vista fechou a sexta-feira com leve alta de 0,02% no Brasil, aos R$5,3205. Na semana a divisa acumulou queda de 0,62% e, no ano, baixa de 13,89%.
Às 17h05, na B3 o dólar para outubro — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,23%, aos R$5,3320.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,320
- Venda: R$ 5,320
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,358
- Venda: R$ 5,538
O que aconteceu com dólar?
O movimento ocorre em linha com a valorização da divisa no mercado global, em um dia de agenda esvaziada de indicadores. No exterior, investidores aguardam a divulgação das taxas de referência da China (LPRs), no fim do dia, e acompanham a conversa entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, que pode influenciar o humor global em meio a tensões comerciais e ao impasse sobre o TikTok.
No Brasil, a leitura considerada “hawkish” por analistas da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) – que manteve a taxa Selic em 15% e sinalizando que deve seguir assim por um período prolongado – tende a sustentar algum suporte para o real.
O Itaú Unibanco informou nesta sexta que reduziu sua projeção para a taxa de câmbio ao final de 2025. A estimativa passou de R$ 5,50 para R$ 5,35, enquanto a expectativa para a taxa em 2026 foi mantida em R$ 5,50. De acordo com o banco, o quadro internacional favorável, com enfraquecimento global do dólar, deve permitir que o real siga operando em níveis mais apreciados no curto prazo.
Neste momento, porém, o ambiente político doméstico adiciona incertezas ao câmbio por aqui. A tramitação da PEC da Blindagem e do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro gera apreensão em Brasília e pode contaminar a percepção de risco, em meio a negociações com o Congresso para avançar medidas da agenda econômica.
O Banco Central vendeu nesta sexta-feira um total de US$2 bilhões em dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) simultâneos para rolagem do vencimento de outubro.
No leilão de linha A, o BC vendeu US$1 bilhão com taxa de corte de 5,291000%. Foi aceita uma proposta. A data de venda de dólares pelo BC será 2 de outubro, enquanto a recompra ocorrerá em 3 de fevereiro de 2026
No leilão de linha B, o BC vendeu US$1 bilhão com taxa de corte de 5,158000%. Foram aceitas duas propostas. A data de venda de dólares pelo BC será 2 de outubro, enquanto a recompra ocorrerá em 3 de março de 2026.
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