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Bolsa perde força após topo histórico, dólar sobe e Bitcoin corrige; o que esperar?

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Bolsa perde força após topo histórico, dólar sobe e Bitcoin corrige; o que esperar?
InfoMoney25/ Pixabay
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Dólar futuro reage com alta de 2,83%, voltando a testar resistências de curto prazo.

Os mercados globais encerram a semana em tom de cautela, refletindo o aumento da aversão ao risco e a correção observada em diversos ativos após fortes movimentos de alta.

No Brasil, o Ibovespa perdeu força e voltou a trabalhar abaixo das médias curtas, indicando enfraquecimento do fluxo comprador. O dólar futuro, por sua vez, teve forte repique após semanas de queda, enquanto as bolsas americanas — Nasdaq e S&P 500 — registraram suas maiores baixas em meses, colocando em dúvida a sustentação das máximas históricas. Já o Bitcoin reverteu parte dos ganhos recentes e mostrou forte volatilidade, após atingir novo recorde nominal.

O cenário de curto prazo, portanto, é de ajuste técnico. A tendência primária de alta segue preservada em alguns ativos, mas a perda de força compradora e o rompimento de médias móveis curtas exigem atenção dos investidores. Suportes e resistências voltam a ser decisivos para definir o rumo dos próximos pregões.

Análise técnica do Ibovespa

Ibovespa vem apresentando movimento de baixa no curto prazo, após ter renovado sua máxima histórica em 147.578 pontos. Desde então, o índice perdeu tração e passou a negociar abaixo das médias de 9 e 21 períodos, que agora estão inclinadas para baixo — sinalizando potencial de continuidade do fluxo vendedor.

Na última sessão, o Ibovespa recuou 0,73%, encerrando aos 140.680 pontos. Em outubro, acumula queda de 3,80%, mas ainda sustenta alta de 16,96% em 2025. O IFR em 39,85 indica zona neutra, porém próxima à sobrevenda.

Para que o índice retome a tendência de alta, precisará romper as resistências em 142.765/143.606 e depois 145.145/146.520 pontos, com objetivo imediato no topo histórico de 147.578 pontos.

Acima desse nível, os alvos projetados ficam em 147.700/148.625 pontos. Já para manter o movimento de correção, o Ibovespa precisa romper 140.231/139.581, abrindo espaço para 137.058/133.875 e, em extensão, 133.330/131.550 pontos.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica do Dólar

dólar futuro mantém tendência de baixa desde o final de 2024, quando atingiu resistência em 6.756,5 pontos, acumulando queda de 15,68% em 2025. No entanto, na última sessão apresentou forte repique de 2,83%, fechando em 5.559,5 pontos, rompendo as médias móveis e mostrando possível movimento de correção técnica após semanas de desvalorização. O IFR(14) em 65,58 indica zona neutra, mas próxima da sobrecompra, sugerindo possibilidade de consolidação no curto prazo.

Para que o dólar volte à tendência de baixa, precisará perder a faixa de 5.457/5.419 pontos, mirando 5.383/5.325 e depois 5.319/5.259 pontos.

Já para seguir o movimento de alta iniciado na última sessão, será necessário superar 5.560/5.582,5, com projeções em 5.608/5.667 e alvos mais longos em 5.758/5.787,5 pontos.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica da Nasdaq

Nasdaq passa por um momento de correção após renovar seu topo histórico em 25.195 pontos. Na última semana, o índice recuou 3,49%, em movimento que interrompeu a sequência de altas. Mesmo com a queda, ainda acumula ganho de 15,27% em 2025, cotado a 24.221 pontos, mas agora trabalha abaixo das médias, o que exige cautela. Em outubro, o índice já recua 1,86%.

Para retomar o viés altista, a Nasdaq precisa recuperar as médias e superar as resistências em 24.505/24.713, mirando novamente o topo em 25.195 pontos. Acima desse patamar, os alvos projetados ficam em 25.300 e 25.600/25.990 pontos.

Caso siga com o movimento de baixa, o rompimento de 24.186/23.969 pode levar o índice aos suportes em 23.698/23.279 e, em extensão, a 22.959/22.675 pontos.

Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica do S&P 500

S&P 500 também perdeu força após renovar sua máxima histórica em 6.764 pontos. O índice recuou 2,03% em outubro, mas ainda acumula alta de 11,41% em 2025, cotado a 6.552 pontos. A forte baixa da última sessão levou o ativo a romper as médias curtas, que agora passam a atuar como resistência imediata.

Para retomar o fluxo comprador, será necessário romper a região de 6.600/6.693 pontos, mirando novamente o topo em 6.764. Caso supere, os alvos projetados ficam em 6.815 e 6.870/6.945 pontos.

Já se mantiver o movimento de baixa, o índice pode buscar 6.532/6.416 e, em movimento mais forte, 6.343/6.296, com suporte mais longo em 6.201/6.147 pontos.

Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise do Bitcoin

Bitcoin passou por forte correção após renovar sua máxima histórica em US$ 126.199. O ativo recuou mais de 9% na semana, revertendo o desempenho positivo do mês — agora com queda de 2,01% em outubro — embora ainda some alta de 19% em 2025. Após o topo, o ativo entrou em movimento lateral e mostra perda de força compradora no curto prazo.

Para retomar o movimento de alta, o Bitcoin precisa romper US$ 117.900/US$ 124.474, mirando o topo recente em US$ 126.119. Se conseguir romper esse nível, os alvos projetados ficam em US$ 127.400 e US$ 129.900.

Já para seguir o movimento corretivo, será necessário romper os suportes em US$ 108.631/US$ 107.255, o que abriria espaço para US$ 105.100/US$ 100.000 e, em extensão, US$ 97.895/US$ 92.800.

Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

IFR (14) – Ibovespa

IFR (Índice de Força Relativa), é um dos indicadores mais populares da análise técnica. Medido de 0 a 100, costuma-se usar o período de 14. Leitura abaixo ou próxima de 30 indica sobrevenda e possíveis oportunidades de compra, enquanto acima ou próxima de 70 sugere sobrecompra e chance de correção.

Além disso, o IFR permite a aplicação de técnicas como suportes, resistências, divergências e figuras gráficas. A partir disso, segue as cinco ações mais sobrecomprados e sobrevendidos do Ibovespa:

Fonte: Nelogica. Elaboração: Rodrigo Paz

(Rodrigo Paz é analista técnico)



FONTE/CRÉDITOS: Ativa Mix/ Rodrigo Paz/ InfoMoney25
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